AINDA SOBRE OS MAIAS NESTE BLOG: O Astronauta de Palenque, um legado Maia; Os Maias.
Antes de ler sobre o calendário Maia você deverá saber um pouco mais sobre este povo e sua cultura no post anterior (Os Maias - O Estranho Curioso). Agora que você já sabe um pouco mais sobre essa curiosa civilização antiga, está preparado para ler um pouco sobre o polêmico calendário apocalíptico que eles criaram. Na verdade eles criaram não um, mas um conjunto de calendários que se complementavam e criavam vários círculos menores e um círculo maior de 52 anos solares. Esses círculos podem ser comparados aos nossos dias, que agrupados viram semanas, que agrupadas virão meses, que agrupados virão anos. Comparando-se ao conjunto de círculos maias, os dias seriam os círculos menores e os anos os círculos maiores. Porém a contagem de tempo era feito de forma diferente. Acompanhem o raciocínio Maia da época.
A grande importância dada por este povo à medição do tempo decorre da concepção que tinham de que tempo e espaço, na verdade, tratam-se de uma coisa só e que fluem não linearmente (como na concepção européia ocidental), mas circularmente, isto é, em ciclos repetitivos. O conceito chama-se Najt e é representado graficamente por uma espiral. Os maias acreditavam que, conhecendo o passado e transportando as ocorrências para idêntico dia do ciclo futuro, os acontecimentos basicamente se repetiriam, podendo-se assim, prever o futuro e exercer poder sobre ele. Por esta razão, a adivinhação era a mais importante função da religião dos Maias. Tanto é, que a palavra maia usada para designar seus sacerdotes, tem origem na expressão guardião dos dias.
O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização Maia e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala. Estes calendários podem ser sincronizados e interligados e suas combinações darão origem a ciclos adicionais mais extensos. Eram dois os calendários primordiais usados pelos Maias: O Haab, o calendário das coisas e das plantas; e o Tzolk’in, o calendário das pessoas e cerimônias.
Haab: Era o que possuía o ciclo equivalente a um ano solar e tinha ordinariamente 18 meses de 20 dias (mais cinco dias sem nome), seu uso era mais ligado às atividades agrícolas, como na prescrição das datas de plantio, colheita, tratos culturais e previsão dos fenômenos meteorológicos.Tzolk’in: Possuía treze meses de vinte dias, com ciclo completo de 260 dias, era usado para as funções religiosas. Através dele se marcavam as cerimônias religiosas, se fazia a adivinhação das pessoas e se encontravam as datas propícias para seus atos civis. Assim que nascia uma criança, os maias as apresentavam aos sacerdotes que, em função do dia do nascimento, adivinhavam a futura personalidade da criança, seus traços marcantes, suas propensões, habilidades e dificuldades, analogamente ao horóscopo mesopotâmico.
Os mais também utilizavam a combinação deste dois calendários, chamado de Calendário Redondo. Isto porque nem o Tzolk'in, nem o Haab mediam os anos. O ciclo inteiro do calendário redondo (quando os dois calendários se completavam) era fechado a cada 18.980 dias ou 52 anos aproximadamente, acima da esperança de vida média da época. Quando ocorriam estas datas formavam-se grandes agitações entre os habitantes. Como o Calendário Redondo media apenas 52 anos foi necessário criar um outro calendário de maior duração, foi criado então o Calendário de Longa Contagem. Os dias maias se chamam k'in e o agrupamento destes levam outra nomenclatura como descrito na tabela abaixo.
O Calendário de Longa Contagem identifica uma data contando o número de dias da data de criação maia (4 Ahaw, 8 Kumk'u ou 11 de agosto de 3.114 a.C. do calendário gregoriano). O calendário maia não utiliza o sistema decimal, mas basea-se na contagem vigesimal (de 20 em 20), exceto para os winals que são 18. Estudiosos defendem que a observação da repetição cíclica das estações do ano e seus eventos climáticos; dos ciclos vegetativos e reprodutivos das plantas e dos animais; e da repetição do curso dos astros na abóbada celeste, é que acabou inspirando os Maias à criação não linear de seus calendários.
A partir dessa contagem, pode-se perceber que o Calendário de Contagem Longa é um grande ciclo de 13 baktuns (aproximadamente 5.126 anos), que segundo alguns estudiosos termina em 21 de dezembro de 2012. Eis a polêmica. Isto porque o Popol Vuh, um dos poucos livros que restaram da civilização maia, afirma que estamos vivendo atualmente no quarto estágio da criação. Ainda segundo este livro, nas primeiras três criações os deuses falharam, mas a quarta tentativa foi bem sucedida, mas esta fase terminará no começo do 13º b'ak'tun. A criação anterior (a terceira) terminou em uma contagem longa de 12.19.19.17.19. Com a premissa cíclica maia, um outro 12.19.19.17.19 ocorrerá em 20 de dezembro de 2012, seguido pelo começo do décimo quarto b'ak'tun, 13.0.0.0 .0, que será em 21 de dezembro de 2012.
Entretanto muita gente acha que essa interpretação apocalíptica do Calendário Maia é errônea e este evento trata-se apenas do complemento de um ciclo e início de mais um. Dessa forma, o dia 21 de dezembro de 2012 é apenas o último dia do 13º b'a'ktun, não é o final da contagem longa, pois ainda se seguirão os b'a'ktuns 14º a 20º. Independentemente da polêmica entre o fim de um ciclo e o fim da quarta criação (nós), o que é certo é que não se pode duvidar da capacidade astronômica deste povo que sem os instrumentos do século XVI da Europa conseguiram calcular um ano solar de 365,2420 dias (mais exatos e pioneiros que os europeus).
Analisando por uma outra ótica, as profecias dos maias podem ser interpretadas como uma nova era para a humanidade e não o seu extermínio, já que existem inscrições de previsões até para o ano de 4.772, por exemplo. Dessa forma, estariam os maias na verdade prevendo um alinhamento galáctico que se ocorre a cada 26 mil anos no qual o sol se alinha com o centro da via láctea? Ou estariam prevendo a mudança do eixo da terra em relação à esfera celeste em 21 de dezembro de 2012? Fica a dúvida.
Aldrêycka Albuquerque
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FONTES:
http://www.doismiledoze.com/maias-o-calendario/
http://www.fimdomundo2012.com/profecias-2012/calendario-maia-2012.htm/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_maia/
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2 comentários:
A 'Pedra do Sul'que aparece nas duas ilustrações deste post, é Asteca e não Maia. Apesar de ela possuir os glifos de dias e meses do ano asteca, acredita-se que ela não é um calendário.
Pois é, mas em todos os lugares que eu pesquisei, a ilustração para o calendário Maia, é essa aí.
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